sexta-feira, 21 de novembro de 2008



Dia Da

20 de Novembro.

Feriado Municipal.



Vários eventos e comemorações necessárias. Às vezes penso que são poucas para concretizar as batalhas destes, pelo menos, 30 anos de lutas e reivindicações. Mas depois repenso, o vinte de novembro como feriado municipal na Cidade de São Paulo o centro comercial e industrial do Brasil, é uma conquista. Uma oportunidade de reflexão e também de reivindicações de direitos que merecemos como cidadãos brasileiros, que somos. Caminhamos na marcha pela cidade, dando visibilidade ao nosso existir. Caminhamos e festejamos a consciência que temos e que cada vez mais fica presente nos jovens e nos que já estão ai mais tempo na luta.
A Praça da Sé, marco zero da cidade, virou 20. Vinte de Novembro onde as nossas raízes foram expostas com a arte da música dança as nossas manifestações que tem nos mantido vivos séculos afora. E neste cenário a literatura estava presente, ainda bem, com a presença do Quilombhoje literatura e convidados, que em palavras poéticas ampliadas plantaram poemas-sementes nos corações e mentes dos negros(as), que lotaram a praça. Os poemas foram declamados nos intervalos da programação musical, entre um artista e outro, apesar de não ser usual em evento deste porte. A aceitação com emoção entusiasmos e aplausos pela maioria, quebrou o tabu, graças à visão dos organizadores do evento, de que poemas foram feitos para pequenas platéias em ambientes fechados.



Os poetas e seus familiares reunidos antes da apresentação final. Da esquerda para a direita Thico, Sergio Ballouk, Michel da Silva e Raquel Almeida do Elo de Corrente, Marcio Barbosa e Esmeralda Ribeiro do Quilombhoje, Miriam Alves, Cuti, A esposa do Sergio e Nete colaboradora do Quilombhoje e esposa do Cuti. As crianças Abaiomi filho de Esmeralda e Marcio, e o Filho do Sergio Balouk.



A Praça e o Público, as imagens falam por si.



Miriam Alves, Esmeralda Ribeiro e Cuti. Declamando na última apresentação dos poetas, utilizando fragmentos do poema de Solano Trindade Cantares ao Meu Povo.






Miriam Alves declamando o seu poema

Ser inteligível e o inteligível do ser
Para não ser ininteligível


Entre o eu o infinito
construo a ponte
a ponte irreversível
da fala
da festa
do ontem
do hoje e amanhã

No espelho sou o olhar
o olhar que me percorre formas
e pela fresta sou eu espiando-me
inquieta
O coração em ritmo tambor
decifra mensagens
as palavras voam ao vento
Vão

(Trecho)



Veja Vídeo imagens dos melhores momentos dos poetas no palco da Praça da Sé.

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