segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Exército de Palavras



Reportagem Revista Afinal de 13 de Janeiro de 1987

Remexendo o baú da memória e retirando  de dentro os registros que já estão amarelando de ficarem guardados tempo demais. Aproveito que é  o mês da Consciência Negra para compartilhar lembranças que não são pessoais é história.
Quilombhoje Literatura( formação de 1987): Da esquerda para a direita Márcio Barbosa, Sonia Fátima da Conceição, Jamu Minka, Luiz Silva Cuti, Oubi Inaê Kibuko, J. Abilio, Miriam Alves, Esmeralda Ribeiro.

Na foto que abre a matéria os  escritores Arnaldo Xavier (a esquerdada foto) e Paulo Colina (a direita), que deixaram saudades, poemas, livros, reflexões e pensamentos.



segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Jornal o Estado de São Paulo - Quilombhoje Literatura

Mês de Novembro é mês da consciência negra. Revirando lembranças no baú deparei com algumas relíquias e resolvi compartilhar com todos. Esta é uma reportagem que saiu no estado de São Paulo em 27 de setembro de 1986. Observem  legenda título  da foto.
Os escritores que estão na foto faziam parte do Quilombhoje Literatura, a segunda formação.
Da esqueda para a direita, de baixo para cima: Cuti (Luiz Silva), Esmeralda Ribeiro, Jamu Minka, Oubi Inaê Kibuko, J. Abilio, Marcio Barbosa e Miriam Alves.

Destaque da reportagem as publicações do Quilombhoje  Literatura, e o poema de Cuti e Miriam Alves


sábado, 12 de maio de 2012

Mulher Mat(r)iz no terceiro Salão do Livro de Guarulhos

MIRIAM ALVES

e seu novo livro

MULHER MAT(R)IZ


Moema Parente Augel, Universidade de Bielefeld (Alemanha). Escreveu no prefácio do livro:
Conheço Miriam Alves desde 1985. Conheço-a como escritora, como engajada defensora dos direitos dos afrodescendentes e da mulher, principalmente da mulher negra brasileira. Conheço Miriam, a cidadã-mulher-negra-escritora, como ela gosta de autodenominar-se, como intelectual séria, consciente... e conscienciosa, que exerce grande influência nos ambientes onde atua, contribuindo de forma decisiva para a valorização dos afrodescendentes e a divulgação da literatura negra brasileira no Brasil e no exterior. Nutro a maior admiração e o maior apreço por essa escritora que pode ser considerada, sem favor, como das mais representativas da literatura brasileira contemporânea.

Foi com grande satisfação, pois, que aceitei o convite de Miriam Alves para apresentar Mulher Matiz. Suas onze “Prosas” foram compostas ao longo de mais de vinte anos de atividade literária e engajamento político-social, sempre a partir do crivo do olhar do afrodescendente que procura expressar a realidade vivencial do Negro no Brasil. A linguagem e a temática dos contos em Mulher Matiz ressaltam um processo de afirmação da identidade feminina, das conquistas da mulher negra – e não só. A própria autora explicita a base comum que funciona como fio condutor deste conjunto de estórias: “os contos aqui agrupados revelam o universo da mulher afro-brasileira em suas várias possibilidades vivencial-afetivas”.

Está-se frente, nesta coleção de contos, a textos ousados e inovadores, envoltos numa linguagem fluida e fluente, retratando ambientes em que o cotidiano se entrelaça com o mágico, o irreal ou o absurdo, convidando, pelo desusado e pela surpresa, à reflexão. Apesar de se tratar aqui de estórias que correm num plano individual, está subliminarmente presente outro plano que possibilita que um coletivo marginalizado ou inferiorizado surja nas entrelinhas e deixe emergir outra história. Como intelectual e escritora, Miriam Alves está profundamente convencida do papel de sua literatura e de sua militância, a partir do próprio referencial como afrodescendente. “As experiências vivenciais e emocionais do negro no Brasil”, afirmou ela numa entrevista em 1999, sempre nortearão sua vida: “eu vou estar sempre escrevendo essa experiência negra em todos os sentidos [...] narrando a realidade vivencial do negro no Brasil[...] Essa é a função do intelectual negro, esteja ele em que situação estiver”. E, concluindo aquela entrevista que guarda completa atualidade:“Qualquer escritor é a fala do seu lugar. Mayakoviski foi a fala da revolução russa. Não estou dizendo que estou fazendo uma revolução. Mas EU SOU A FALA DO MEU LUGAR”.

 

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