terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Austin - Texas Novembro 2009

A Literatura não só cria asas nos sonhos, como também nos coloca nas asas de avião para podermos seguir o caminho da realidade que um dia o sonho apontou. Em Austin na Univerisdade do Texas tive a certeza que os Orixás confabulam destinos e os ventos de Oya nos direciona. Na verdade eu nunca deixei de acreditar no poder do Axé que nos orienta, mas às vezes não conseguimos alcançar além do próprio desânimo. No entanto ao atender o pedido dos alunos do Professor Niyi Afolabi para fazer o evento Resistência e Invisibilidade: Performance e Conversa Poética no dia 4 de Novembro de 2009, entendi os significados da insitência da luta em ser e mais a continuidade do pensamento.

Em Austin a performance poética a que me propus interagiu com o Axé de todos os presentes e do The John L. Warfield Center for African & African American Studies, local onde se realizou o evento. Percebe-se pela foto a energia emanada das palavras postas nos livros prontas para comunicarem no coração e na mentes das pessoas uma inundação de emoção e sentimentos.

Na pele do tambor o som a fala da ancestralidade, atemporal, ecoa liberando sensações, fortalecendo o direito de dizer-se. É a simbioze de vozes. Na soma das sonoridades palavras-vozes-tambor criando recriando poemas. Sabedora das verdades sopradas ao vento para tocar os ouvidos pela força intensa do tambor Miriam Alves pede licença aos Orixás para utilizar do instrumento ancestral de comunicação.

Professor Afolabi apresenta a Miriam Alves aos alunos neste momento os encontros de áfricas se consolida novamente. Com certeza faz parte outra vez das confabulzações orixalizantes que constam em nossos caminhos afros-descendentes, diaspóricos ou não. No território do coração a linguagem que se fala neste momento é a das confluências oceânicas. Não mais separações e sim consciência.


E a Dr. Omi Osun Joni Jones, diretora do “African American Studies da Universidade do Texas- Austin," comprimenta a escritora emocionada e lhe entrega um presente.







Com o Axé assentado a performance poética levou os poemas, postos em folhas de livros, com o auxílio do vento de Oya difundiu palavras firmes-fortes-sensíveis-verdadeiras no ar.

Palavras preenchendo o espaço nos tornando visíveis.





Ressoando nas vozes-palavras-poemas de mulheres negras- poetas- brasileiras que constam nos livros Enfim ...Nós e Moving Beyond Boundaries.
















Os alunos acompanhavam a declamação dos poemas em cópias bilíngües préviamente distribuídas.



Da história a Consciência brotou
O poema negro a esperança gerou

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