domingo, 13 de dezembro de 2009

A primeira Conferência de Escritoras Brasileiras em Nova Ioque,14-16 outubro 2009, foi um evento emocionante reunindo além das escritoras estudiosos de diversas universidades americanas e brasileiras. Os temas dos debates previlegiavam a vida e obra de Nísia Floresta, Cecília Meireles e Clarice Lispector, homenageadas como, cada uma a seu tempo, mulheres pioneiras e importantes no Brasil e em outros países.



A Professora Emanuelle de Oliveira da Vanderbilt University, precedeu a performance poética de Alves, tecendo breve comentário crítico análitico, ressaltando não só o conteúdo dos poemas como também a realização estética.Relatou o seu primeiro contato com a literatura afro-brasileira em geral e de Miriam Alves em particular.


Com certa indgnação relembrou que ao anunciar sua intensão em estudar a literatura afro-brasileira tentaram dissuádi-la com argumentos da inexistência no Brasil de negros escritores, bem como de uma literatura elaborada por este segmento populacional digna de nota.
A participação da escritora Miriam Alves no dia 15 de outubro com o tempo individual de duas horas foi o momento da visibilidade da literarura afro-feminina-brasileira que, no contexto da contemporânedade, é considerada por vários estudiosos e críticos como pioneira em conteúdo e propósito literário-cultural.



A performance da poeta Miriam Alves se baseia na proposta de demonstrar a possibilidade de combinar, sem conflitos, as expresões corporais manifestas da cultura afro-brasileiras. Simbiotizar os signos da palavra escrita com a oralidade sonora expressiva desta mesma palavra, ressaltando o rítmo proposital que a composição poética foi grafada no papel, de forma tal que ambos modos de comunicação (oral e escrito) se beneficiem levando a magia dos sentimentos transformados em poemas aos ouvintes.
E nos gestos e movimentos enfatizar que a transmissão e recepção do conteúdo,pelo menos neste momento, se faz de corpo inteiro.Carregando nas mãos o livro um dos veículo da palavra escrita.

Sentar-se para concentrar as idéias e mudar a forma de comunicação corporal na hora do debate, que por sinal foi bastante profícuo com perguntas que versaram não só sobre a escrita de Miriam Alves, mas da literatura afro-basileira como um todo poporcionando a oportunidade de nas respostas situar o pensamento não só da escritora, mas de toda uma geração de escritores que publicam em Cadernos Negros, em livros individuais e em outras vertentes do coletivo de escritores afro-brasileiros.



Na ponta a esquerda Miriam Alves,ao seu lado a Professora Lesley Feracho da Universidade da Georgia,a escritora Roseni Kurányi e na ponta a direita a Professora Dawn Duke da Universidade do Tennessee.



No último dia da Conferência a inevitável confraternização das escritoras afro-brasileiras com professoras e pesquisadoras afro-americanas. Reinava um clima de reconhecimento, emoção e encatamento.



Engrossando o sorriso negro
e o abraço negro juntou-se ao grupo
a escritora Conceição Evaristo






E para que não fique dúvidas que existimos, escrevemos e participamos e que não somos invisíveis o certificado. Axé.

É bom lembrar e deixar resgistrado sempre que...

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